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Plantas daninhas em pastagens: impactos na qualidade e hábito de pastejo

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  • 29/05/2024

O sucesso na pecuária depende de um tripé fundamental composto por três pilares essenciais: genética, sanidade e nutrição. Cada um desses elementos desempenha um papel crucial no desenvolvimento e na produtividade do rebanho.

Fatores de degradação das pastagens:

  • Manejo inadequado do rebanho;
  • Perdas de nutrientes;
  • Escolha da espécie forrageira mais adaptada ao local;
  • Ocorrência de plantas daninhas; 
  • Ataque de pragas e doenças;
  • Compactação;
  • Adversidades climáticas. 

Impactos das plantas daninhas:

  • Menor produção da forragem;
  • Menor capacidade de produção;
  • Atraso na implantação da pastagem;
  • Estiolamento da planta forrageira, distorção da relação talo/folha;
  • Perda da qualidade nutricional. 

Grupos de plantas daninhas

Planta dura: plantas daninhas de difícil controle

Planta mole: planta daninhas de mais fácil controle

A presença de plantas daninhas em pastagens pode impactar significativamente a qualidade do capim e, consequentemente, afetar a alimentação dos animais de diversas maneiras. Aqui estão alguns dos principais impactos:

Competição por recursos: As plantas daninhas competem com as gramíneas forrageiras por recursos essenciais como água, luz solar, nutrientes do solo e espaço. Isso pode resultar em um crescimento reduzido das gramíneas desejáveis, diminuindo a quantidade e a qualidade da forragem disponível para os animais.

Redução da produtividade: Quando as plantas daninhas dominam a pastagem, elas tendem a ter menor valor nutritivo e menor palatabilidade em comparação com as gramíneas forrageiras. Isso significa que os animais podem consumir menos forragem ou selecionar apenas as partes menos nutritivas, o que afeta diretamente a produtividade animal.

Qualidade nutricional inferior: Muitas plantas daninhas têm um perfil nutricional inferior em comparação com as gramíneas desejáveis. Elas podem conter níveis elevados de fibras indigestíveis, baixos teores de proteínas e minerais essenciais, ou até mesmo substâncias tóxicas. Isso pode levar a deficiências nutricionais nos animais e impactar negativamente seu desempenho, crescimento e reprodução.

Risco de intoxicação: Algumas plantas daninhas são tóxicas para os animais, podendo causar desde sintomas leves de desconforto até intoxicações graves e até morte, dependendo da espécie e da quantidade consumida. A presença dessas plantas nas pastagens aumenta o risco de ingestão acidental pelos animais.

Impacto na saúde animal: Pastagens infestadas por plantas daninhas podem contribuir para problemas de saúde nos animais, como distúrbios digestivos, parasitismo aumentado (devido a áreas mais densas e úmidas criadas pelas plantas daninhas), e menor resistência a doenças.

Aumento nos custos de produção: O controle de plantas daninhas requer investimentos em métodos de manejo, como aplicação de herbicidas, roçadas, ou manejo integrado de pragas. Isso representa um custo adicional para o produtor e pode exigir um manejo contínuo para manter a saúde da pastagem e o bem-estar dos animais.

Fatores que dificultam o controle de plantas daninhas em pastagens:

O controle de plantas daninhas em pastagens pode ser desafiador devido a uma série de fatores que influenciam a eficácia das estratégias adotadas. Aqui estão alguns dos principais fatores que afetam e dificultam o controle de plantas daninhas:

Diversidade de espécies daninhas: As pastagens podem ser colonizadas por uma grande diversidade de plantas daninhas, cada uma com características diferentes de crescimento, reprodução e resistência a herbicidas. Isso requer uma abordagem de controle que considere múltiplas espécies, algumas das quais podem ser particularmente difíceis de manejar devido à sua resistência natural ou adaptação ao ambiente local.

Ciclo de vida das plantas daninhas: As plantas daninhas podem ter diferentes ciclos de vida (anuais, bienais, perenes), o que influencia diretamente a escolha e o momento das estratégias de controle. Plantas perenes, por exemplo, podem regenerar-se a partir de raízes profundas, rizomas ou estolões, dificultando sua erradicação completa com métodos simples como a roçada ou aplicação de herbicidas.

Resistência a herbicidas: O uso excessivo e repetido de herbicidas pode levar ao desenvolvimento de resistência em certas espécies de plantas daninhas. Isso significa que algumas plantas podem sobreviver e se reproduzir mesmo após a aplicação de produtos químicos, tornando o controle mais difícil e exigindo a rotação de diferentes ingredientes ativos de herbicidas.

Condições ambientais: As condições climáticas e do solo influenciam diretamente a eficácia dos métodos de controle. Por exemplo, a seca pode reduzir a eficácia de herbicidas que dependem da absorção foliar, enquanto períodos chuvosos podem limitar o acesso às áreas de pastagem para aplicação mecânica ou química.

Infestação severa e dispersão de sementes: Pastagens com infestações severas de plantas daninhas podem ter um banco de sementes significativo no solo, o que facilita a regeneração das plantas daninhas mesmo após o controle inicial. A dispersão de sementes por animais, vento, água ou maquinário agrícola também pode contribuir para a reintrodução de plantas daninhas em áreas anteriormente controladas.

Custo e disponibilidade de métodos de controle: Alguns métodos de controle, como o uso de herbicidas específicos ou equipamentos de manejo mecânico, podem ser custosos ou exigir recursos que não estão sempre disponíveis para todos os produtores. Isso pode limitar a aplicação de estratégias de controle eficazes e sustentáveis ao longo do tempo.

Aspectos legais e ambientais: Restrições regulatórias e preocupações ambientais podem influenciar as opções de controle disponíveis para os produtores. O uso de certos herbicidas pode estar sujeito a regulamentações rigorosas, exigindo a adoção de práticas de manejo integrado que considerem a sustentabilidade e os impactos ambientais.

Em resumo, o controle eficaz de plantas daninhas em pastagens requer uma abordagem integrada e adaptativa que leve em consideração a diversidade de espécies, ciclos de vida, resistência, condições ambientais locais e disponibilidade de recursos para implementação de medidas de manejo adequadas.

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