Os desafios da adoção dos biológicos no campo
- 14/05/2025
Nos últimos anos, o uso de bioinsumos e produtos biológicos na agricultura vem ganhando espaço como uma alternativa mais sustentável e estratégica no manejo de pragas, doenças e estresses abióticos. No entanto, apesar do crescimento do setor, a adoção prática desses produtos ainda esbarra em diversos desafios. Entre os principais, está a falta de informação técnica confiável, a desconfiança por parte de produtores e técnicos, e a dificuldade de aplicação correta no campo.
Neste artigo, vamos abordar por que esses entraves ainda existem, como eles impactam a expansão do uso de biológicos e o que precisa mudar para que o produtor rural tenha mais segurança ao utilizar essas ferramentas.
1. O avanço dos biológicos no Brasil: uma tendência consolidada
O Brasil é referência mundial na produção agrícola e, ao mesmo tempo, um dos países com maior potencial para o crescimento do controle biológico. De acordo com dados da ABCBio, o mercado de produtos biológicos cresce cerca de 30% ao ano, impulsionado pela demanda por práticas sustentáveis e pela resistência a químicos.
No entanto, crescimento de mercado não significa que o uso esteja bem consolidado no campo. Muitos produtores ainda enxergam os biológicos com certa desconfiança, muitas vezes por experiências anteriores mal conduzidas ou falta de conhecimento técnico.
2. O desafio da informação: o elo fraco da cadeia
Um dos principais gargalos na adoção de biológicos é a ausência de informação técnica qualificada. Muitos profissionais ainda não dominam:
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Os mecanismos de ação dos agentes biológicos;
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As condições ideais de aplicação (umidade, temperatura, radiação UV);
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As particularidades de armazenamento e manuseio desses produtos;
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A integração com o manejo químico e outras ferramentas.
Essa falta de clareza técnica leva ao uso incorreto, resultando em baixa eficácia e na falsa percepção de que o produto “não funciona”.
Como apontado no artigo da Globo Rural, a pesquisa e a difusão de conhecimento são fundamentais para consolidar o uso dos biológicos. Sem isso, o produtor fica vulnerável a erros e perde a confiança nessas tecnologias.
3. Biológicos não são “receita de bolo”: exigem capacitação
Ao contrário do que muitos pensam, o uso de biológicos não pode ser feito de forma empírica ou no improviso. A escolha do produto certo, no momento correto e na dose adequada, exige conhecimento agronômico e fisiológico, além da compreensão da dinâmica dos organismos no ambiente agrícola.
A ausência de treinamentos e conteúdos confiáveis faz com que muitos profissionais sigam no “achismo” e continuem recomendando produtos biológicos como se fossem químicos, sem considerar suas particularidades. Isso prejudica os resultados e a credibilidade da tecnologia.
4. Educação técnica como motor da mudança
Para que os bioinsumos deixem de ser uma promessa e se tornem uma realidade consolidada no manejo agrícola, é necessário investir em capacitação técnica contínua. Isso inclui:
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Formação de agrônomos, técnicos e consultores;
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Treinamentos práticos no campo;
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Difusão de conhecimento embasado em ciência e experimentação;
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Acesso a conteúdos atualizados e confiáveis.
Plataformas como a Academia do Biológico têm se destacado nesse cenário, oferecendo cursos, imersões e conteúdos direcionados para quem quer dominar o uso dos biológicos com profundidade e segurança.
Conclusão
A agricultura do futuro será, cada vez mais, integrada, sustentável e inteligente. Os produtos biológicos são parte fundamental desse processo. No entanto, para que sua adoção seja feita com eficiência, é preciso vencer os desafios do conhecimento técnico e da capacitação.
Produtores que dominam o uso de biológicos não apenas colhem melhores resultados, mas também constroem um modelo de produção mais resiliente e sustentável. E tudo isso começa com informação de qualidade.
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