Manejo e recuperação de pastagens
- 14/08/2024
Em uma escala de prioridade, mais importante do que escolher e adubar a planta é saber manejar o pasto.
O Brasil tem hoje aproximadamente 160 milhões de hectares de pasto, representando cerca de 22% do nosso território. Isso significa que temos uma área enorme para tratar e recuperar, pois grande parte dessas áreas possui algum nível de degradação.
Mais da metade dos nossos pastos produzem abaixo de sua capacidade, portanto, temos um grande desafio e uma grande responsabilidade para transformar essas pastagens degradadas em pastagens produtivas.
Temos uma área considerável de pasto no Brasil e precisamos aprender a manejá-la para que, de fato, tenhamos uma pecuária rentável e competitiva.
Degradação de pastagens
O processo de degradação não acontece de repente. Ele ocorre gradativamente, com os pastos e os animais apresentando alguns sinais.
Sinais de degradação em pastagens:
- Presença de plantas daninhas
- O pasto não cobre todo o solo
- Baixo desempenho animal
- Necessidade de diminuição da taxa de lotação
Processo de degradação:
- Falta de reposição de nutrientes começa a diminuir a capacidade produtiva da pastagem.
- Surge pragas e doenças.
- Plantas mais fracas, mais suscetíveis a pragas e doenças, diminuem sua capacidade produtiva e acabam morrendo.
A degradação avança quando não conseguimos mais recuperar.
Portanto, descer a escada é fácil; difícil é subir e voltar a ter um pasto produtivo. Para isso, precisamos sempre trabalhar com a manutenção do pasto e evitar que isso aconteça.
Principais causas de degradação:
- Má formação do pasto
- Falta de reposição de nutrientes
- Erros no manejo de pastagens
Um dos maiores gargalos muitas vezes é o manejo das pastagens. Não podemos ter mais animais do que a quantidade de comida disponível no pasto.
Manejo de pastagens
O manejo das pastagens é um grande gargalo na pecuária brasileira. Existem dois pontos de atenção: manejar o pasto e fazer a gestão dos dados da fazenda.
Só assim conseguiremos produzir mais em menores áreas e com menor custo, pois a forma mais barata de alimentar o rebanho é sob o pastejo. Por isso, o pasto é prioridade.
Manejo de pastagens: conseguir equilibrar um processo antagônico, no qual o animal consome a folha e a planta precisa da folha para fazer a fotossíntese. Ou seja, é uma otimização da oferta e colheita de forragem para maximizar o desempenho animal.
É preciso encontrar um ponto de equilíbrio entre quantidade e qualidade do capim, pois o ótimo do capim resultará no máximo de desempenho.
O manejo de pastagens é dividido em três grandes etapas:
Crescimento
Utilização
Conversão
O manejo ocorre na fase de utilização para que a forragem produzida seja consumida, evitando perdas no processo de pastejo. Precisamos facilitar a colheita para o animal.
A recomendação de práticas de manejo para plantas forrageiras não é tarefa fácil, por diversos motivos:
- Grande diversidade de espécies forrageiras.
- Plantas com elevado potencial produtivo.
- Diferentes necessidades nutricionais.
- Grande diversidade de tipos de solo e clima.
- Sistema de produção diverso.
- Precisamos entender a fisiologia e o comportamento da planta.
A pecuária pode, sim, ser competitiva e rentável, desde que saibamos manejar nossos pastos e investir na recuperação.
Quer aprender mais sobre formação, recuperação e manejo de pasto?
Na FarmFlix você encontra séries sobre cada um desses temas na seção de pastagens.
Confira: