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Manejo Fitossanitário na Cultura do Milho

Manejo Fitossanitário na Cultura do Milho
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  • 20/01/2025

Importância do Manejo Fitossanitário na Cultura do Milho

O manejo fitossanitário é um pilar fundamental para garantir a produtividade e a sustentabilidade da cultura do milho. Como uma das principais culturas de importância econômica e alimentar, o milho enfrenta desafios constantes relacionados a pragas, doenças e plantas daninhas que podem comprometer seu potencial produtivo. Este material técnico apresenta os principais aspectos do manejo fitossanitário na cultura do milho e sua relevância para os profissionais do agro.

Principais Pragas e Doenças do Milho: Tipo de Dano e Fase de Ocorrência

Pragas

  1. Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda):
    • Dano: Raspagem das folhas, corte de plântulas, alimentação das folhas do cartucho, podendo atingir o pendão e as espigas.
    • Fase de ocorrência: Desde a emergência das plantas até o enchimento de grãos.
    • Impacto: Redução de até 50% na produtividade em altas infestações.
  2. Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis):
    • Dano: Transmissão de doenças como enfezamentos pálido e vermelho e virose da risca, reduzindo a absorção de nutrientes.
    • Fase de ocorrência: Principalmente em estágios iniciais de desenvolvimento.
    • Impacto: Afeta o enchimento de grãos e pode causar perdas severas.
  3. Larva-alfinete (Diabrotica speciosa):
    • Dano: Ataque às raízes, causando tombamento (“pescoço de ganso”) e dificuldades de absorção de água e nutrientes.
    • Fase de ocorrência: Do início da germinação até cerca de 45 dias após a emergência.
    • Impacto: Redução do desenvolvimento radicular e comprometimento da colheita mecânica.
  4. Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea):
    • Dano: Alimenta-se de estigmas e grãos das espigas, causando falhas na granação e predispondo a infecção por fungos.
    • Fase de ocorrência: Durante a formação e enchimento das espigas.
    • Impacto: Redução na produtividade e na qualidade do grão.
  5. Broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis):
    • Dano: Perfura colmos e base de espigas, prejudicando o transporte de nutrientes e a estabilidade da planta.
    • Fase de ocorrência: Desde as fases iniciais até a formação das espigas.
    • Impacto: Reduz a produtividade e dificulta a colheita.
  6. Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis):
    • Dano: Succiona a seiva das plantas, reduzindo o vigor. Excreções favorecem o desenvolvimento de fumagina, que reduz a fotossíntese.
    • Fase de ocorrência: Em qualquer fase do ciclo, sendo mais frequente em condições de estiagem.
    • Impacto: Diminuição na produção e falhas na polinização.
  7. Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon):
    • Dano: Corta plântulas rente ao solo, prejudicando o estande inicial.
    • Fase de ocorrência: Fase inicial, até cerca de 30 dias após a emergência.
    • Impacto: Redução do estande e menor produtividade.

Doenças

  1. Ferrugem Comum (Puccinia sorghi):
    • Dano: Lesões foliares que reduzem a fotossíntese.
    • Fase de ocorrência: Com maior incidência em períodos de alta umidade e temperaturas amenas.
    • Impacto: Compromete o potencial produtivo.
  2. Mancha-branca (Pantoea ananatis):
    • Dano: Aparecimento de manchas nas folhas que prejudicam a fotossíntese.
    • Fase de ocorrência: Durante o desenvolvimento vegetativo, sob alta umidade.
    • Impacto: Redução da área foliar funcional.
  3. Podridão de colmo (Fusarium spp., entre outros):
    • Dano: Enfraquecimento dos colmos, causando tombamento das plantas e redução da qualidade dos grãos.
    • Fase de ocorrência: Mais comum no enchimento de grãos.
    • Impacto: Perdas na colheita devido à quebra de plantas.
  4. Helmintosporiose (Exserohilum turcicum):
    • Dano: Lesões foliares necróticas que comprometem a fotossíntese.
    • Fase de ocorrência: Em condições de alta umidade e temperaturas amenas.
    • Impacto: Diminuição da área fotossintética e produtividade.
  5. Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis):
    • Dano: Manchas foliares que se expandem, comprometendo as folhas.
    • Fase de ocorrência: Principalmente em estágios vegetativo e reprodutivo.
    • Impacto: Redução do peso e número de grãos.
  6. Enfezamento Pálido e Vermelho:
    • Dano: Retardo no crescimento, má formação de espigas e coloração avermelhada ou pálida nas folhas.
    • Fase de ocorrência: Fases iniciais são mais suscetíveis.
    • Impacto: Queda severa de produtividade, dependendo da época de infecção.

1.3 Plantas Daninhas

  • Competem com o milho por recursos como luz, água e nutrientes, além de servir como hospedeiras para pragas e doenças. Espécies como capim-amargoso (Digitaria insularis) e buva (Conyza spp.) são desafios recorrentes devido à resistência a herbicidas.

2. Impactos da Ausência de Manejo Adequado

A falta de um manejo fitossanitário eficiente pode gerar:

  • Redução significativa da produtividade, em alguns casos acima de 50%.
  • Perdas na qualidade do grão, com aumento da contaminação por micotoxinas.
  • Aumento dos custos de produção em função do uso não planejado de defensivos.
  • Resistência de pragas e plantas daninhas aos produtos utilizados, dificultando o controle.

3. Estratégias para o Manejo Fitossanitário no Milho

3.1 Monitoramento e Identificação

  • Realizar inspeções regulares na lavoura para identificar pragas, doenças e plantas daninhas em estágios iniciais.
  • Uso de armadilhas e feromônios para monitorar a população de insetos.
  • Diagnóstico precoce para adoção de medidas preventivas.

3.2 Práticas Culturais

  • Rotação de culturas: Reduz a população de patógenos e pragas específicas do milho.
  • Escolha de híbridos resistentes: Adotar materiais genéticos com resistência a doenças e pragas comuns.
  • Manejo da palhada: Ajuda no controle de plantas daninhas e na conservação da umidade do solo.

3.3 Controle Químico

  • Planejar o uso de defensivos de forma racional, seguindo as recomendações agronômicas e respeitando os intervalos de segurança.
  • Alternar modos de ação para evitar resistência.

3.4 Controle Biológico

  • Introduzir organismos benéficos, como parasitoides e predadores naturais, para o controle de pragas.
  • Uso de bioinseticidas e biofungicidas como complemento ao manejo químico.

3.5 Tecnologia de Aplicação

  • Garantir boa cobertura e deposição dos produtos, ajustando bicos, pressão e volume de calda.
  • Monitorar condições climáticas, como temperatura, umidade e vento, para otimizar a eficácia.

4. Benefícios do Manejo Fitossanitário Eficiente

  • Aumento da produtividade: Controle adequado das adversidades fitossanitárias maximiza o potencial genético do milho.
  • Sustentabilidade: Redução do impacto ambiental pelo uso racional de insumos.
  • Rentabilidade: Menores perdas resultam em maior retorno econômico para o produtor.
  • Segurança alimentar: Produção de grãos com qualidade superior, livres de contaminantes.

5. Considerações Finais

O manejo fitossanitário na cultura do milho exige uma abordagem integrada, que combina estratégias preventivas, tecnológicas e sustentáveis. O papel do engenheiro agrônomo é essencial na orientação e capacitação dos produtores para adoção de boas práticas, garantindo não apenas a viabilidade econômica, mas também a segurança e a sustentabilidade da produção de milho.

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