Alumínio: os perigos destes elemento para plantas e fertilidade dos solos
- 03/03/2023
O crescimento de raízes em solos de alta acidez é diminuído por fatores como toxidez por alumínio. Desta maneira, aprendemos desde a primeira aula de química e fertilidade dos solos o quão maléfico o alumínio pode ser nos solos agrícolas.
O Alumínio é um elemento químico metálico, e possui uma dinâmica no solo semelhante aos nutrientes metálicos. Desta maneira, sua disponibilidade às plantas diminui conforme a acidez do solo diminui. E isso pode ser explicado por conta das moléculas que forma de acordo com o pH, além da sua participação direta na acidez do solo.
O alumínio pode formar, na presença de água e em pH baixo, uma base fraca, ou seja, que tende a se manter na forma não-dissociada. Assim, quando o Al reage com 3 moléculas de água, pode formar Al(OH)3 e liberar 3H+ no processo, acidificando o sistema.
Este não é o único problema deste elemento: o Al pode ser extremamente tóxico para as raízes quando encontrado na forma iônica de Al3+. Além disso, por conta de possuir carga 3+, possui preferência de ligação com os coloides do solo, podendo deslocar as demais bases quando em concentrações semelhantes. Assim, Ca, Mg e K podem ser mais lixiviados em solos com altas concentrações de alumínio nos coloides.
É importante fazer a correção do solo para diminuir os teores de alumínio livres nos coloides ou em solução. Para isso, podemos usar o calcário, uma vez que, ao aumentar o pH, o alumínio tende a formar compostos menos solúveis e menos tóxicos para as plantas.
O gesso também é uma opção viável para diminuir a toxicidade, pois o sulfato presente no produto pode se ligar ao alumínio, formar compostos sem carga e serem lixiviados para as camadas mais profundas do solo.